O Brasil é um dos países que mais avançou em tecnologia avícola nas últimas décadas. Um dos grandes méritos da avicultura atual está relacionado ao melhoramento genético das aves de postura, que tem proporcionado altas produções às linhagens (Takata, 2006). Esses avanços tornaram as aves mais exigentes quanto aos fatores de ambiência, manejo sanitário e, principalmente quanto aos aspectos nutricionais.
São inúmeras as funções dos elementos minerais no organismo animal e sua importância pode ser avaliada pelo fato de que a carência de um único elemento pode ocasionar a morte das aves, em espaço de tempo maior ou menor, quando as reservas do seu organismo estiverem esgotadas.
avículas, mas é importante que estas fontes sejam bastante conhecidas quanto sua origem, pureza e valor nutricional. Os fosfatos inorgânicos são obtidos através do ácido ortofosfórico, que por sua vez tem origem nas rochas fosfáticas.
Desta maneira, quanto mais pura for esta rocha, maior a qualidade do ácido dela originado, uma vez que possui menor teor de contaminantes. É sabido que as rochas ígneas são mais puras que as metamórficas, que são mais puras que as sedimentares. Como exemplo de rochas ígneas temos a Rocha de Cajati, Araxá e Tapira (Mosaic); Metamórficas – Rocha de Patos de Minas; e Sedimentares – Rochas do Continente Africano e EUA.
No processo de fabricação, quando ocorrem temperaturas acima das que normalmente deveriam ser utilizadas há a formação de outras duas formas de fosfatos, que são o pirofosfato (aquecimento brando) e o metafosfato (aquecimento forte), totalmente indisponíveis para o animal. Ou seja, muitas vezes parte do fósforo inorgânico fornecido tem biodisponibilidade abaixo do que se espera.
Uma das maiores preocupações é com a presença excessiva do chumbo e cádmio nessas fontes de fósforo e consequentemente nesses suplementos minerais. Este aspecto representa em médio prazo e em larga escala, riscos à saúde pública pelo consumo de produtos e subprodutos de origem animal potencialmente comprometidos. Além disso, os elementos indesejáveis interagem com os minerais essenciais (zinco, ferro, cálcio, fósforo) nos processos metabólicos.
O que deve ficar bem claro é que oferecer aos animais suplementos que possuem matérias-primas com alto teor de elementos indesejáveis causa não somente toxidez e acúmulo destes elementos nos produtos de origem animal que chegam á nossa mesa, mas também afetam a absorção e utilização dos minerais essenciais, impactando diretamente na produtividade destas aves.
A qualidade das matérias-primas das rações é mandatória para produção de alimentos seguros e alta produtividade. O desafio é atender um perfil de consumidores cada vez mais exigentes e legislações cada vez mais rigorosas.
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