Um dos fatores que limitam o atingimento do máximo retorno dos animais de produção é com certeza o equilíbrio da alimentação de bovinos, seja na época de seca ou até mesmo nas águas, quando temos abundância de pasto e ai “esquecemos” que não é só do pasto verde, alto, da espécie A ou B que o animal precisa para chegar ao máximo da sua capacidade zootécnica de expor a sua aptidão, seja carne ou leite.
Suplementação animal na seca
Pegamos o período seco do ano que é o mais crítico do ponto de vista geral, onde os animais, vem ou chegam com um escore corporal, bom obtido no período chuvoso do ano e que geralmente perdem a velocidade de ganho ou até mesmo perdem produtividade nesse período, chegando a tão temida categoria de “boi balão” – enche e esvazia com o tempo.
Antes de falarmos de suplemento ideal, vamos ao ponto principal que é o manejo das pastagens, que servirão de lastro e fundamental para que tenhamos sucesso no desafio de ganhar ou no mínimo manter o desempenho dos animais por meio da alimentação de bovinos.
Na grande maioria das regiões do Brasil, com exceção do sul do Brasil, as pastagens entram em processo de maturação, de fevereiro/março, processo este que irá gerar aumento nos teores de fibra e lignina, ou seja, maior indicie de matéria seca.
Esta fase, em geral reduz em 50% os níveis de proteína da espécie implantada, além de redução de energia e minerais que alie estão presentes quando temos a folha verde, que por consequência irá diminuir a ação microbiana a nível ruminal.
Nesta situação, onde temos uma oferta de matéria seca, o uso da tecnologia dos proteinados, produtos que são ofertados aos animais na alimentação de bovinos, por volta de 0,09 a 0,14% do peso vivo por dia é uma ótima solução pois iremos suplementar, ou seja, ofertar aquilo que a planta não está oferecendo aos animais para que este possa demostrar todo o seu potencial.
Suplementação animal nas águas
Não menos importante é a suplementação nas águas…. são nas águas onde além de termos todo o potencial da planta, temos com certeza a utilização do máximo rendimento das bactérias ruminais que estão presentes em número menor do que deveria estar quando correlacionada a oferta de pastagem ingerida pelo animal, se não ofertarmos o suplemento ideal para que ocorra a correta colonização pelas bactérias saprófagas a nível ruminal.
No quadro abaixo, podemos ilustrar dois tipos de situação sendo que na coluna da esquerda são animais com pasto bom tanto nas águas quanto nas secas só que sem a suplementação e na coluna da direita este mesmo pasto só que os animais suplementados adequadamente.
Com a adoção de tecnologias disponíveis no mercado, já totalmente testadas e aprovadas, estas funcionam sim. Porque nestes casos, a correta suplementação irá aumentar o consumo e a digestibilidade da fibra, maximizar a absorção de todos os nutrientes da pastagem, seja nas águas bem como na seca e sem dúvida a não menos importante, melhorar de forma direta o desempenho dos animais.
Para que possamos ter êxito nestas opções de suplementação acima ou estratégias de uso das tecnologias disponíveis, é imperecível o planejamento dos piquetes no tocante a disponibilidade de forragem, tipos de aguadas e o manejo sanitário da propriedade.
Sem estes fatores alinhados, a necessidade de darmos um passo a traz para rever onde estamos situados é imprescindível, se não, a adoção da tecnologia passará de um investimento para um custo.
Se você gostou desse texto, leia também nosso ebook sobre adubação de pasto e saiba como melhorar ainda mais o desempenho dos seus animais.
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