O que você sabe sobre DDGS? No artigo de hoje você ficará por dentro das principais informações sobre DDGS e WDGS, prossiga a leitura e saiba tudo!
No cenário de agricultura de precisão e de pecuária cada dia mais moderna o uso de produtos alternativos que instiga avanço em sustentabilidade é imprescindível. Os subprodutos da indústria de etanol podem ser utilizados de forma estratégica para atender exigências nutricionais de bovinos e de outros animais durante as fases de crescimento e produção geral.
Hoje o maior produtor de etanol de milho no mundo é os Estados Unidos com produção (2021) em torno de 63 bilhões de litros, no Brasil a produção de etanol faz parte de 13% (21/22) do total produzido nacionalmente, a previsão do setor é aumentar para atingir 20%, produzindo cerca de 10 bilhões de litros por safra.
Um hectare de cana-de-açúcar produz cerca de 80 toneladas no centro sul do Brasil e rende 89,5 litros de etanol por tonelada produzida, totalizando mais de 7 mil litros de combustível por hectare. Já o milho, embora seja mais eficiente na produção de etanol por tonelada de produto em torno de 400 litros por tonelada, proporciona uma produção média de etanol por hectare de apenas 2 mil litros, porém sua qualidade oscila pouco em comparação com a cana e é praticamente isenta de impurezas.
Qual a diferença do DDGS e WDGS?
Os subprodutos mais requisitados deste seguimento para produção animal é o DDGS e o WDGS que são siglas para “dried distillers grains with solubles” e “wet distillers grains with solubles”. O que diferencia os dois produtos é que no final do processo da destilaria para obtenção do etanol, um é seco em estufa e fica com 12% de umidade aproximadamente e o outro segue úmido sem passagem por estufa, e fica com aproximadamente 65 % de umidade.
Na venda, o WDGS acaba sendo mais barata que o DDGS por causa do custeio para secagem do produto. Para nutrição animal a compra acaba sendo vantajosa quando o proprietário mora perto das usinas, pois em longas distâncias acaba encarecendo por causa do frete e por causa de sua vida útil que é de 3 a 4 dias, quando armazenado de forma convencional. Uma das soluções para esse problema é ensilagem desse material em silos convencionais ou em bags de mil quilos.
Uma das grandes vantagens do uso do DDGS e do WDGS é seu valor nutritivo, esses alimentos podem ser três vezes mais proteicos que o próprio milho, sendo cerca de 60% de proteína não degradável no rúmen (PNDR). A sua energia está muito pouco vinculada ao amido o que é uma vantagem, seu elevado teor de óleo (extrato etéreo), na qual conta com grande escape para o intestino do animal, não prejudica assim a fermentação ruminal, aliado à elevada PNDR, esses fatores, explicam parte do benefício energético desses alimentos.
A PNDR, que fica em excesso em dietas com esses produtos, chega ao intestino e eleva o aporte de proteína metabolizável, aumentando a oferta de aminoácidos para o animal. Uma parte desses aminoácidos é utilizada para síntese proteica pelos tecidos dos animais. A outra parte é quebrada e pode virar energia (glicose) no fígado do animal.
A sua fibra é de alta digestibilidade com algo em torno de 66% em fibra insolúvel em detergente neutro (FDN) na qual engloba os carboidratos estruturais e a lignina. A fibra insolúvel em detergente ácido (FDA) fica em torno de 15% na qual constitui parte da hemicelulose e a totalidade da lignina que estão presentes na parede das células vegetais.
A fibra desempenha um papel indispensável na alimentação dos ruminantes, por ser um dos principais constituintes da sua dieta, que conforme suas características físicas e químicas podem afetar de modo direto na fisiologia digestiva.
Benefícios do DDGS
O perfil “passante” da proteína contida no DDGS oferece aos bovinos uma fonte direta de proteína metabolizável de alto valor nutricional, desta forma, perdas metabólicas associadas a degradação ruminal podem ser minimizadas, como as emissões de metano por exemplo, e ao mesmo tempo, devido a capacidade inerente dos ruminantes realizarem reciclagem de nutrientes (especialmente nitrogênio), as necessidades dos microrganismos ruminais também podem ser atendidas.
Sistemas intensivos que já utilizam forrageiras de alta qualidade também podem ter vantagem com o uso de DDGS, fazendo com que os animais sofram efeito de substituição sob o consumo de pasto, poupando assim a forragem e aumentando a lotação de animais na área.
Sistemas de produção que utilizam forragens de qualidade inferior serão diretamente beneficiados pelo oferecimento de nutrientes faltantes (como proteína) na pastagem, mas também poderão agregar em resultados devido a efeitos positivo-associativos como o aumento da capacidade de lotação animal na área. Também adicionarão vantagens em estratégias que utilizam o DDGS, como aumentar a nossa capacidade de reflexão para aproveitar oportunidades quando um balanço líquido positivo de nutrientes se faz presente, mesmo que as custas da eficiência de digestão.
Nos estudos conduzidos desde então, a qualidade da forragem aparenta estar intrinsicamente relacionada com os efeitos da fisiologia da digestão quando o DDGS é suplementado. Onde o total de forragem consumida de baixa qualidade aparenta não ser diminuído ao longo do tempo.
Forragens de alta qualidade aparentam diminuir a taxa de degradação ruminal efetiva, embora o balanço geral ainda seja positivo. A suplementação com DDGS em sistemas de produção em pastagens aparenta aumentar a capacidade de lotação nos pastos, o que se torna muito positivo e rentável quando queremos explorar o máximo de produção na mesma área.
Vale a pena utilizar DDGS como alternativa para nutrição animal?
Como conclusão, o uso do DDGS e WDGS é uma ótima alternativa para suplementação dos animais, sua inclusão deve ser relacionada à projeção de desempenho do animal e da área. Com aquisição desse alimento próximo as usinas produtoras se tornam uma fonte de baixo custo com altíssimo valor nutritivo o que torna o sistema produtivo bastante rentável.
Sempre devemos buscar um profissional nutricionista da área para melhor recomendação de quanto usar e como usar.
Vale ressaltar que a utilização de DDGS é uma boa alternativa para alimentação animal, mas não substitui o fornecimento de forragem, a partir desta informação, temos uma excelente saída para melhorar a qualidade da forragem e deixá-la mais nutritiva, conheça o MPasto, a linha especial para pastagem, desenvolvida pela Mosaic Fertilizantes, quer saber mais? Clique no botão abaixo e confira!
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