O que é pastagem e quais são os seus tipos?

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Se você é um pecuarista ou se interessa pelo universo do agronegócio, entender o que é pastagem e conhecer seus diferentes tipos é fundamental. Afinal, o pasto é a base da alimentação do gado e um fator importante para a produtividade da atividade.

Elemento fundamental na produção de gado, representa a principal fonte de alimento para os animais criados em sistema extensivo, onde os animais passam a maioria do tempo em pastagens e campos abertos. O pasto é rico em nutrientes como proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, que fornecem a energia necessária para o crescimento e desenvolvimento dos animais. Além disso, é uma fonte de fibra, importante para a saúde gastrointestinal dos animais.

Neste conteúdo, vamos responder algumas das perguntas mais comuns sobre o tema, como: o que é pastagem? Quais são os diferentes tipos e quais as vantagens e desvantagens de cada um deles?

Então, para se manter atualizado e aprender mais sobre este tema importante da agropecuária, continue a leitura deste texto. Aqui, você encontrará informações valiosas para ajudá-lo a tomar decisões informadas e melhorar sua gestão pecuária. Confira!

O que é pastagem?

A pastagem é uma área de terra onde são cultivadas plantas forrageiras para alimentar animais, especialmente bovinos, ovinos, caprinos e equinos. No Brasil, as pastagens são a principal fonte de alimentação dos animais, representando cerca de 95% da produção de carne bovina no país.

Além disso, você verá no tópico seguinte que existem três tipos diferentes de pastagens. No entanto, é importante ressaltar que todas elas estão suscetíveis à degradação, o que pode ocorrer devido a diversos fatores, como a falta de manejo adequado, a infestação de pragas e plantas daninhas e a utilização excessiva da área.

Nesse sentido, a escolha das espécies forrageiras adequadas para cada região, o correto manejo de pastagem, o uso de técnicas de rotação de pastos e o controle do número de animais por área podem contribuir para a manutenção e o aumento da produtividade das pastagens.

Quais os benefícios da pastagem para bovinos?

A pastagem é a principal fonte de alimentos para bovinos e traz diversos benefícios para a criação desses animais. Os predominantes são:

  • Baixo custo de produção: o pasto é uma fonte de alimento natural e renovável, reduzindo os custos de produção em relação a outras formas de alimentação;
  • Melhoria da qualidade da carne e do leite: este tipo de alimentação está associada a uma melhoria na qualidade da carne e do leite produzidos pelos bovinos; 
  • Bem-estar animal: os bovinos são animais naturalmente adaptados à alimentação a pasto, o que proporciona um melhor bem-estar e qualidade de vida;
  • Sustentabilidade ambiental: a pastagem bem manejada ajuda a preservar o meio ambiente, pois podem ser capazes de reter mais carbono no solo do que uma pastagem degradada.

Isso sem falar das vantagens que este tipo de alimentação oferece também ao produtor. Quando há um manejo de pastagem adequado, é possível aumentar a produtividade da criação de bovinos, permitindo a produção de mais carne e leite.

Além disso, dentre as formas de manejo, a criação de bovinos em pastagens é uma das mais simples e requer menos investimentos em infraestrutura do que outras formas de criação, como a confinada.

Desafios enfrentados pelos produtores na manutenção e gestão das pastagens

Os produtores de gado enfrentam vários desafios na manutenção e gestão das pastagens, que podem afetar a produtividade da atividade. Entre os principais desafios estão:

  • Controle de pragas e doenças: As pastagens são vulneráveis a várias pragas e doenças que podem prejudicar a saúde das plantas e reduzir a produtividade da pastagem. É importante que os produtores estejam atentos às pragas e doenças mais comuns e implementem medidas de controle adequadas.
  • Manejo adequado do solo: O solo é um elemento chave na manutenção da pastagem. É importante que os produtores realizem uma análise do solo para determinar suas características e necessidades de fertilização. A compactação do solo também pode prejudicar o desenvolvimento da pastagem, sendo importante evitar o pisoteio excessivo dos animais e implementar técnicas como a aeração do solo.
  • Escolha das espécies forrageiras adequadas para cada região: As espécies forrageiras variam em termos de adaptabilidade a diferentes condições climáticas e tipos de solo. É importante que os produtores escolham as espécies adequadas para a região em que estão localizados.

Quais os tipos de pastagem?

Atualmente, existem três categorias de pastagens encontradas nas propriedades rurais do Brasil usadas na alimentação do gado: as naturais, as nativas e as artificiais. Entretanto, a escolha entre elas depende de alguns fatores. A seguir, vamos conhecer um pouco sobre elas:

Naturais

As pastagens naturais se referem às áreas de terra onde a vegetação cresce de maneira natural, sem a interferência humana direta. Desta forma, espécies de plantas que evoluíram naturalmente na região compõem essa pastagem, uma vez que se adaptaram às condições climáticas e do solo.

Em vista disso, este tipo de pasto varia conforme a localização geográfica, o clima e o tipo de solo. No Brasil, por exemplo, encontramos pastagens naturais como os campos de cerrado, no Centro-Oeste e as caatingas, no Nordeste, que possuem diferentes tipos de vegetação.

Entre suas vantagens, destacamos a resistência a doenças e pragas, bem como a capacidade de adaptação a diferentes climas e a manutenção de uma biodiversidade importante para a preservação ambiental.

No entanto, as pastagens naturais também apresentam desvantagens, como a baixa produtividade, a dependência das condições climáticas favoráveis e a falta de controle sobre o crescimento da vegetação.

Isso quer dizer que este tipo de pastagem é importante para a preservação do meio ambiente e contribui na manutenção da biodiversidade. Porém, apresenta algumas limitações para a produção agropecuária. Por isso, muitos agricultores buscam complementar a alimentação do gado com pastagens artificiais ou nativas.

Nativas

As pastagens nativas são áreas de terra onde a vegetação cresce de maneira natural. Porém, diferentemente da pastagem natural, espécies de plantas nativas da região formam esta pastagem. Ou seja, plantas que evoluíram e se adaptaram naturalmente ao ecossistema local ao longo do tempo.

Por isso, elas possuem uma grande diversidade de espécies vegetais, além de serem mais resistentes a variações climáticas, já que possuem uma maior capacidade de adaptação às condições locais.

No Brasil, as pastagens nativas são encontradas em diversos biomas, como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. Além de serem uma alternativa sustentável e econômica para a alimentação do gado em propriedades rurais, elas também são importantes para a preservação da biodiversidade.

Apesar disso, é importante ressaltar que a degradação dessas pastagens, seja por desmatamento, queimada ou outras atividades, pode levar à perda de espécies vegetais e animais, além de afetar o equilíbrio da região.

Artificiais

As pastagens artificiais são áreas de terra cultivadas com espécies de plantas forrageiras selecionadas e introduzidas pelo homem para alimentar o gado. Mas não apenas. Muitas delas foram trazidas de outras regiões. A exemplo disso, temos alguns tipos de capins que viram da África. O uso deste tipo de pastagem vem sendo direcionado à produção de forragem em grande quantidade e qualidade para a pecuária.

Dentre as várias espécies de plantas utilizadas, se destacam as gramíneas e as leguminosas por conta da sua alta produtividade, resistência a doenças e pragas e qualidade nutricional.

Sendo assim, sua principal vantagem é a possibilidade de produzir forragem em abundância e com alta qualidade nutricional, permitindo a criação de animais com maior ganho de peso e produção de leite.

Além disso, as pastagens artificiais permitem um maior controle sobre a produção, possibilitando a escolha de espécies de vegetais específicas para cada região e o manejo adequado para o solo.

Todavia, assim como em todos os casos, existem desvantagens. Por exemplo, o alto custo de implantação e manutenção, bem como o risco para quem não se atenta à necessidade de adubação e correção do solo, a fim de garantir a produtividade das plantas.

Podemos dizer que as pastagens artificiais representam uma alternativa importante na produção agropecuária, já que permite uma melhora de qualidade e produtividade dos animais. Porém, seu uso deve ser planejado e realizado de maneira sustentável, garantindo a preservação do meio ambiente e a viabilidade econômica.

Adube sua pastagem

Neste conteúdo, você acompanhou como a pastagem quando bem manejada é  fundamental para a produtividade e qualidade da alimentação do gado. Os benefícios são inúmeros e, de modo geral, permitem uma gestão pecuária eficiente e sustentável. A adubação permite suprir as necessidades nutricionais das plantas forrageiras, que por sua vez leva ao aumento do desempenho do rebanho — fator essencial para pastagens nutritivas, a base para o bom desenvolvimento dos animais.

Em consequência, a pastagem adubada contribui para a melhoria na qualidade da carne e leite, uma vez que os nutrientes transferidos na alimentação influem no produto final, levando a maior valor agregado e competitividade no mercado.

Independente do tipo de pastagem — natural, nativa ou artificial, é importante manejá-las adequadamente, quanto a qual tipo usar para sua produção, sempre bom buscar orientação de um profissional, o qual poderá auxiliar na escolha mais assertiva. 


Escolha as espécies forrageiras adequadas para o seu negócio em conjunto com o controle do número de animais da área, rotação de pastos e manejo do solo, a fim de evitar prejuízos e aumentar a qualidade da sua produção. Quando se trata de melhoria, o MPasto pode te auxiliar. Conheça mais sobre este fertilizante ideal para pastagem!

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