Suínos são animais não ruminantes pertencentes à família Suidae. Assim, o porco doméstico é uma evolução do javali selvagem e as raças suínas foram introduzidos no Brasil em meados de 1532. Eles eram provenientes de cruzamentos entre as raças originárias de Portugal. Continue a leitura para descobrir quais são as melhores raças suínas para criar e lucrar!
Diferenças entre suínos tipo banha e suínos tipo carne
Atualmente, o Brasil é um dos maiores exportadores de carne suína, sendo que nossos maiores clientes são Filipinas e China, Chile, Hong Kong e Japão. Assim, podemos classificar as raças suínas em dois grupos: tipo banha e tipo carne.
O tipo banha apresenta uma estrutura corporal harmônica com enrugamento de pele, permitindo a deposição de gordura subcutânea. Devido a essas características, esses animais têm baixo ganho de peso médio diário e conversão alimentar, resultando em uma baixa qualidade de carcaça. Até a década de 1970, os animais tipo banha eram priorizados, mas a partir daí começaram a ser substituídos por animais com melhor qualidade de carcaça e maior prolificidade.
Por outro lado, o tipo carne foi melhorado com foco na qualidade da carcaça, especialmente em cortes nobres como pernil e lombo. Esses animais possuem excelente desempenho produtivo, com alto ganho de peso médio diário e conversão alimentar elevada.
Quais as principais raças suínas?
Um passo importante na suinocultura é a escolha da raça suína a ser criada. Para isso, é essencial conhecer suas características e definir qual se encaixa melhor no seu sistema de produção.
Atualmente, no Brasil, as principais raças suínas são Landrace, Large White e Duroc, que compõem cerca de 90% dos animais abatidos (Bastos, 2021).
Assim, raças como Piétrain, Hampshire e Wessex são utilizadas em menor proporção nos rebanhos comerciais do país. Além dessas, o cruzamento entre Large White e Landrace também é muito difundido.

Landrace
A raça Landrace é uma das mais difundidas no Brasil, sendo considerada o “tipo clássico” para a produção de carne magra. Originária da Dinamarca, essa raça destaca-se pela boa habilidade materna e prolificidade, sendo também muito utilizada em híbridos.
Caracteriza-se por suas orelhas compridas, finas e inclinadas para frente, do tipo céltico. Seu corpo é comprido e enxuto, com pernil amplo e cheio, além de apresentar uma grande área de olho de lombo. A pelagem é branca, fina, lisa e despigmentada, o que requer certa atenção dependendo da região do Brasil.

Duroc
A raça Duroc foi a primeira a ser introduzida no território nacional e deu início ao melhoramento e tecnificação da suinocultura brasileira. Originária dos Estados Unidos, atualmente é utilizada em cruzamentos para obter animais com carne magra, devido à sua rusticidade e fácil adaptação a climas tropicais.
Essa raça apresenta pelagem tipicamente vermelha, com cerdas lisas, e possui orelhas de tamanho médio, do tipo ibérico, inclinadas para frente. Outra característica marcante é o pescoço curto e espesso, ligeiramente arqueado. O suíno da raça Duroc tem peito largo, tórax amplo e profundo, com costelas bem arqueadas, além de lombo e dorso musculosos e pernil comprido e cheio.
Por outro lado, a raça apresenta algumas desvantagens. Sua baixa prolificidade, com uma média de 9 leitões por leitegada, é um ponto negativo. Além disso, as fêmeas não possuem boas características maternas. Devido à carcaça apresentar mais quantidade do que qualidade, os suínos Duroc são raramente criados como raça pura em rebanhos comerciais.
Normalmente, suínos da raça Duroc são utilizados em cruzamentos com Landrace, Yorkshire e Wessex para a produção de carne magra.

Large White
Originária da Inglaterra, a Large White é uma das raças com maior presença nos rebanhos comerciais do Brasil. Apresenta pelagem branca, perfil cefálico calvilíneo, orelhas grandes e retas do tipo asiático.
Outras características são: pernil cheio e profundo, lombo comprido e com boa área de olho de lombo. Apresenta um ótimo ganho de peso médio diário e conversão alimentar eficiente, características que fazem com que essa raça apresente um alto rendimento e qualidade de carcaça.
As fêmeas são ótimas mães e boas produtoras de leite. Em média, as fêmeas reprodutoras parem cerca de 11 leitões por leitegada. Essa é uma raça muito utilizada também na produção de híbridos, sendo que tanto os machos quanto as fêmeas são utilizados em cruzamentos.

Piétrain
A raça suína Piétrain, originária da Bélgica, possui pelagem branca com manchas pretas.
Seu perfil cefálico é concavilíneo, com orelhas médias de perfil asiático, grossas e direcionadas para frente. Embora a carcaça dessa raça seja inferior à do Landrace e seus mestiços em termos de cobertura de toucinho, ela apresenta uma maior área de olho de lombo e um pernil de ótima qualidade com uma pequena camada de gordura.
Além disso, são animais precoces e prolíferos, com uma média de 10 leitões por leitegada. Os machos dessa raça são amplamente utilizados em cruzamentos.

Hampshire
A raça suína Hampshire tem origem norte-americana e é caracterizada por sua pelagem preta com faixas brancas no dorso e nos membros anteriores. Esses animais possuem um perfil cefálico concavilíneo e orelhas asiáticas. O pernil é comprido, profundo e sem excesso de gordura, o que contribui para uma boa qualidade de carcaça.
Por fim, são animais rústicos, mas as fêmeas não têm uma habilidade materna destacada, produzindo, em média, nove leitões por leitegada.
Quais as melhores raças suínas para se criar?
A suinocultura nacional busca animais com alto desempenho reprodutivo, eficiência alimentar, taxa de crescimento e longevidade das matrizes. Para a indústria, o rendimento de carcaça, a qualidade da carne, incluindo padrões de exportação, embutidos e defumados, são pontos que agregam valor.
Por isso, as principais raças suínas criadas comercialmente no Brasil são Landrace, Large White e Duroc, que compõem cerca de 90% da composição racial dos suínos (Bastos, 2021).
No entanto, é importante lembrar que cada sistema e objetivo de criação terá a raça mais efetiva e produtivamente sustentável.
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