Manejo nutricional para prevenção de problemas de casca de ovo

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De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa a quinta posição entre os maiores produtores de ovos do mundo. Em 2022, o país produziu aproximadamente 52 bilhões de ovos, com um consumo per capita de 241 unidades por habitante. Dessa produção, apenas 0,44% é exportada, sendo a maior parte destinada ao mercado interno.

O ovo é um alimento que é amplamente consumido no país devido às suas vantagens, não tem como ser diferente, ele é um alimento nutritivo e uma fonte de proteína que cabe no bolso, se comparado com as outras fontes de origem animal.

Quando se trata da qualidade do ovo, é importante considerar três componentes principais: a casca, a gema e a clara (albúmen). Neste texto, iremos focar no primeiro componente, a casca.

Continue a leitura para obter mais detalhes sobre o assunto.

Como melhorar a casca do ovo?

Quando o consumidor vai ao supermercado e encontra uma bandeja de ovos com unidades trincadas ou quebradas, é certo que essa bandeja não será selecionada. Portanto, a qualidade da casca do ovo é um fator decisivo na hora da compra. Por esse motivo, estudar as medidas de prevenção que auxiliam na manutenção da integridade da casca é de fundamental importância.

Independentemente de qualquer modificação que aconteça na indústria de ovos comerciais, a casca do ovo precisará estar íntegra e ser firme o suficiente, para potencializar a quantidade de ovos comercializáveis. Além disso, com a casca do ovo mais resistente é possível aumentar o tempo de prateleira do produto.

A qualidade da casca do ovo está associada, principalmente, à genética da ave, idade, manejo, bem-estar, temperatura do ambiente, sanidade, nutrição balanceada e qualidade da água. A composição da casca do ovo se dá por 90% de carbonato de cálcio, carbonato de magnésio, mucopolissacarídeo e colágeno.

Através de estudos com poedeiras foi possível detectar que nos picos de produção, acontece uma diminuição na qualidade da casca devido a alterações fisiológicas e hormonais que impactam diretamente a qualidade dos ovos.

Vale ressaltar que quanto mais velha as aves ficam, maior será o tamanho e peso dos ovos. No entanto, com a casca do ovo não acontece o mesmo, ou seja, poedeiras mais velhas produzem ovos com cascas mais frágeis. Isso ocorre porque a capacidade de produzir e depositar cálcio na casca diminui com a idade, resultando em cascas mais finas e frágeis.

Mas quais estratégias o produtor pode usar para evitar prejuízos? É de extrema importância que o produtor tenha conhecimento da fisiologia da ave e esteja atento às necessidades de cada fase de criação. Para isso, é imprescindível que ele se preocupe com as necessidades nutricionais da ave em cada momento, além de outros fatores como manejo, sanidade, bem-estar, e demais pontos relevantes mencionados anteriormente.

Quais estratégias pode o produtor utilizar para evitar prejuízos? É de extrema importância que o produtor tenha conhecimento da fisiologia da ave e esteja atento às necessidades de cada fase de criação. Para isso, é imprescindível que ele se preocupe com as necessidades nutricionais da ave em cada momento, além de outros fatores como manejo, sanidade, bem-estar, e demais pontos relevantes mencionados anteriormente.

Quais são os nutrientes da casca do ovo?

Os nutrientes mais relevantes na qualidade da casca são: cálcio (Ca), fósforo (P) e a vitamina D3. Quando o produtor se deparar com problemas de ovos com cascas finas e até mesmo sem casca é sobre esses nutrientes que ele deve dar atenção.

Os nutrientes relacionados à formação da casca, que garantem a máxima qualidade, são os níveis adequados de minerais. Aqui podemos mencionar o cálcio e fósforo. O ajuste na relação desses dois minerais deve ser feito de acordo com a idade e consumo do animal.

Não pode haver deficiência desses dois nutrientes na dieta, por isso é importante se atentar a fonte de Ca e P oferecida, além do tamanho ideal da partícula dos suplementos utilizados nas rações, pois essas particularidades influenciam melhora na estabilidade da casca.

A partir de estudos, foi possível constatar que durante o período noturno, as aves cessam sua alimentação, e é neste período que acontece as primeiras etapas da calcificação, que é o processo de formação do osso. Além disso, as aves têm um sistema digestivo excepcional, com a existência do papo e moela. Adicionalmente, o organismo realiza a reabsorção óssea, garantindo assim o nível correto de minerais e outros nutrientes.

O papo é responsável por armazenar o alimento consumido, lá ocorre fermentação e outras funções que prepara o alimento para posterior digestão. A moela é uma estrutura muscular que fica antes do intestino e ajuda no processo de trituração dos alimentos.

A vitamina D3 é responsável pela regulação do metabolismo cálcio-fósforo é crucial para a correta deposição do cálcio na casca.

A água também é um elemento importante na construção da casca do ovo, por muitas vezes ela é ignorada. No entanto, sua influência no desempenho é significativa. Por isso, a importância de fornecer uma água de qualidade, mas não levando em conta apenas os poluentes orgânicos que a água pode carregar, mas também a proporção de eletrólitos que estão presentes no líquido, como potássio, sódio, cálcio, cloro, magnésio e sulfatos.

Muitos ovos que aparecem com defeitos, apresentam altos níveis de cloro e sódio na água. Por isso é importante que a água seja monitorada e feita análises frequentes para garantir a qualidade da água fornecida para as aves, um ponto importante que também merece atenção é que a água esteja dentro da temperatura de 15 a 20ºC para adequada ingestão pelas aves.

Muitos ovos que aparecem com defeitos apresentam altos níveis de cloro e sódio na água. Por isso, é importante que a água seja monitorada e que sejam feitas análises frequentes para garantir a qualidade da água fornecida às aves. Um ponto importante que também merece atenção é que a água esteja dentro da temperatura de 15 a 20ºC para uma adequada ingestão pelas aves.

Dois ovos marrons animados olhando para um ovo frito.

Como melhorar a qualidade do ovo?

Existem diversas estratégias que podem ser usadas para melhorar a qualidade do ovo. É sabido que tanto a produção de ovos como a qualidade da casca são altamente determinadas pela genética. No entanto, a produção de ovos em larga escala exige muito do organismo das poedeiras, e é por isso que é necessário garantir uma boa manutenção das condições de saúde das galinhas para alcançar o potencial genético.

Um ponto que não foi mencionado, mas que é fundamental, é que a casca de ovo de má qualidade representa um grande risco de segurança alimentar do ovo, pois ovos com casca danificada são mais facilmente contaminados por bactérias.

Uma nutrição bem formulada, fornecida durante todo o período de postura, com níveis equilibrados de cálcio, fósforo e outros elementos, é fundamental para manter a saúde geral das galinhas.

Questões relacionadas a sanidade também estão ligadas à melhoria na qualidade do ovo. O aparelho reprodutor das aves está exposto a infecções que podem afetar tanto diretamente quanto indiretamente a formação e a qualidade interna do ovo e da sua casca.

Conheça algumas doenças que podem reduzir a produção de ovos:

  • Salmonelose;
  • Micoplasmose;
  • Coriza Infecciosa;
  • Encefalomielite;
  • Newcastle (NC);
  • Síndrome da Queda de Postura (EDS);
  • Bronquite Infecciosa (BI).

Das doenças citadas acima, o que comprovadamente afeta a qualidade da casca é a Síndrome da Queda de Postura e Bronquite Infecciosa. Infecções bacterianas também comprometem a qualidade da casca.

Para se prevenir as aves de doenças é preciso fazer o manejo sanitário adequado, realizar as vacinações necessárias e o utilizar os medicamentos corretos. Ou seja, a maneira mais eficiente para o controle de enfermidades é usar estratégias eficientes de biossegurança, que visam não apenas a proteção e controle sanitário dos planteis, mas também a qualidade do produto final. Um rigoroso esquema de limpeza e desinfecções dos aviários em cada troca de lote dessas doenças é essencial.

E por fim, mas não mesmo importante, o manejo. Dentre as causas de manejo que mais impactam a produtividade e na qualidade dos ovos, assim como a qualidade da casca, é possível destacar os programas de luz, que são de extrema importância para a avicultura como um todo. O fotoperíodo e intensidade de luz, a temperatura do meio em que as aves vivem e a quantidade de aves por área devem ser manejados corretamente.

Além de cuidar de toda a estrutura durante as fases de criação, é imprescindível que o produtor faça o acompanhamento constante da evolução do ganho de peso do lote, bem como a adequada avaliação de índices de homogeneidade.

Aspectos que envolvem a saúde como um todo e o bem-estar, como elevadas temperaturas, altas densidades de aves por área, podem ser apontados como os principais elementos desencadeadores dos problemas que implicam na qualidade da casca.

Quais os fatores que levam à formação do ovo com casca fina?

Para que as aves demonstrem sua performance produtiva desejada, que se inclui a produção de ovos com a espessura correta da casca, a nutrição é um dos fatores mais importantes. Portanto, é essencial que a qualidade da ração e as necessidades nutricionais estejam de acordo com o esperado.

A qualidade da ração e suas exigências nutricionais são afetadas pelo nível de produção, temperatura ambiente, idade das aves e grau de estresse. Para assegurar a excelência desses dois aspectos relacionados à nutrição, o produtor precisa monitorar a qualidade das matérias-primas, o período de estocagem, fazer a formulação correta e prestar atenção no tempo adequado de mistura da ração.

Quando surgir algum problema, como ovos com casca fina, o produtor deve concentrar sua atenção nos nutrientes que estão diretamente relacionados à qualidade da casca, tais como o cálcio, o fósforo e a vitamina D3.

As elevadas temperaturas no aviário podem causar problemas no peso do ovo e na espessura da casca. Mas por que isso acontece? Quando as aves estão sob estresse térmico, reduzem o consumo de alimentos, resultando em ingestão insuficiente de cálcio. Além disso, outros mecanismos fisiológicos são desencadeados, contribuindo para a formação de ovos com casca fina.

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