Fenação: o que é, vantagens e como fazer

4 min de leitura

A fenação é uma prática essencial para armazenar forragem de qualidade, especialmente em períodos de escassez. Além de ser importante para a alimentação do gado, promove diversos benefícios para as propriedades agrícolas, como maior controle de qualidade e versatilidade de uso.

Ficou interessado (a) em saber mais? Então, acompanhe o conteúdo até o final, porque vamos explicar o que é o processo de fenação, quais são as suas vantagens, como ele é feito e quais são as melhores forrageiras para essa finalidade. Continue para descobrir!

O que é o processo de fenação?

A fenação é um método de conservação de forragem que envolve a desidratação da planta para garantir a preservação de seu valor nutritivo. Essa técnica é especialmente útil em locais e períodos do ano com escassez de pastagem.

O objetivo é reduzir a umidade da planta forrageira para 10 a 15%, isto é, até um nível que impeça o desenvolvimento de microrganismos que poderiam deteriorar o alimento.

Quando bem executada, a fenação permite que o alimento possa ser armazenado por longos períodos com mínimas perdas nutricionais, sendo um recurso estratégico para a suplementação alimentar de ruminantes e outros animais que dependem de fibras na dieta. 

Quais as vantagens da fenação?

O feno na agropecuária apresenta diversas vantagens, como a conservação de nutrientes, tanto na seca quanto no inverno, além de outros benefícios, como:

  • Versatilidade de uso: o feno atende às necessidades nutricionais de diferentes animais, ruminantes e os de ceco funcional, como equinos;
  • Controle de qualidade: ao produzir o feno na própria fazenda, o produtor pode selecionar as melhores forrageiras e controlar todo o processo para obter um alimento de alta qualidade;
  • Armazenamento prolongado: o feno pode ser armazenado por longos períodos com pequenas alterações em seu valor nutritivo, sendo uma excelente solução para alimentar o gado durante os períodos de escassez.

Como fazer a fenação?

A produção de feno é um processo que envolve várias etapas. A seguir, detalhamos o passo a passo de como realizar a fenação de forma eficiente.

1. Corte

O primeiro passo é realizar o corte da forrageira no campo. A princípio, o momento ideal para o corte é quando a planta atinge um alto valor nutritivo e uma boa quantidade de massa. 

Além disso, é importante respeitar a altura de corte específica de cada planta, garantindo que a forragem mantenha suas características morfofisiológicas necessárias para a produção de feno de qualidade. 

Forrageiras cespitosas (com colmos eretos) são mais fáceis de cortar, enquanto plantas com crescimento rasteiro podem exigir mais atenção.

2. Secagem

Após o corte, inicia-se o processo de desidratação da forragem. Então, a secagem deve ser feita de maneira gradual para preservar os nutrientes, a maciez, a cor e o aroma do feno. 

O revolvimento do material cortado no campo é importante para uniformizar a secagem e evitar o acúmulo de umidade, que pode causar a proliferação de fungos e bactérias. Segundo a Embrapa, o feno deve atingir um teor de umidade entre 10% e 20% antes de ser armazenado.

3. Enfardamento da espécie forrageira

Após alcançar a umidade adequada, a forragem é enfardada. O enfardamento deve ser feito de forma compacta para facilitar o armazenamento e transporte. Existem máquinas específicas para essa etapa, que podem formar fardos de diferentes formatos (redondos ou quadrados).

Após o enfardamento, é essencial armazenar o feno em um local seco e protegido das intempéries, garantindo a conservação de suas propriedades nutricionais.

Quais são as melhores forrageiras para fenação?

Nem todas as forrageiras tropicais são adequadas para a produção de feno. Para uma boa escolha, é importante considerar plantas que alcancem um bom valor nutritivo no ponto de corte ideal e produzam uma quantidade significativa de massa.

Uma boa relação folha/colmo é essencial, pois é nas folhas que se concentra a maior parte do valor nutricional da planta. A seguir, descubra as principais forrageiras utilizadas para a fenação:

  • Cynodon spp.: inclui variedades como Tifton, Coast-cross, Estrela africana e Jiggs. São forrageiras com alto valor nutritivo e boa produção de massa;
  • Buffel (Cenchrus ciliaris): conhecida por sua resistência à seca e boa qualidade nutricional;
  • Panicum maximum (Massai e Aruana): apresenta crescimento vigoroso e alta produtividade;
  • Brachiaria spp.: algumas variedades do capim brachiaria podem ser utilizadas na fenação, dependendo das condições de cultivo;
  • Alfafa (Medicago sativa): uma das leguminosas mais utilizadas devido ao seu elevado valor proteico.

Assim, para o sucesso da fenação, é importante escolher espécies que sejam fáceis de cortar, tenham uma rápida desidratação e apresentem resistência ao processo de enfardamento.

Como funciona a produção de feno?

Antes de iniciar a produção de feno, é fundamental avaliar o clima da região e realizar uma análise físico-química do solo. Deve-se eliminar plantas invasoras e preparar o terreno, que precisa ser mecanizável para permitir o uso de máquinas durante as etapas de corte, enfardamento e transporte.

O plantio pode ser feito por sementes, mudas ou estolões, dependendo da espécie forrageira escolhida. Em geral, o solo deve ser corrigido com adubos conforme a necessidade da planta, visando um crescimento saudável e uma boa produção de massa.

As plantas forrageiras utilizadas na produção de feno geralmente são exigentes em termos de fertilidade, tornando necessária uma adubação adequada com fontes de fósforo, nitrogênio e potássio para promover vigor nas rebrotas e garantir um feno de alta qualidade.

ilustração sobre produção de feno

A fenação é uma alternativa eficiente e estratégica para os produtores que buscam oferecer um alimento volumoso de qualidade aos seus animais. Quando realizada corretamente, essa técnica não apenas mantém, mas pode melhorar o desempenho dos animais, especialmente nos períodos de escassez de forragem.

No entanto, é fundamental avaliar a viabilidade econômica da fenação, considerando os custos envolvidos em todo o processo de produção e armazenamento.

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