Como Aumentar Produtividade com Adubação de Pastagem e Suplementação Mineral?

7 min de leitura

Quer obter mais informações sobre como elevar sua produtividade fazendo adubação de pastagem e suplementação mineral? Neste artigo trouxemos alguns dados sobre o tema, saiba mais agora!

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Adubação  de pastagem e produção  forrageira

Cerca de 90% da produção pecuária brasileira é realizada nos 170 milhões de hectares de pastagens, devido essa ser considerada a maneira mais barata de se produzir carne. 

A pastagem quando bem nutrida, deve suprir as exigências dos animais em grande parte de sua necessidade, todavia, quando em baixa produtividade, seja em quantidade ou qualidade, a necessidade a ser suprida deve ser através da suplementação.

A produção forrageira ainda é dependente de outros fatores, além do manejo e adubação de pastagem, mas também do fator clima, pois nos trópicos, a disponibilidade de pastagens sofre sazonalidade, ou seja, período em que a produtividade é maior e período que é menor, devido às condições climáticas. 

Durante o período das águas (primavera e verão), fatores como luz, temperatura e pluviosidade geram maior disponibilidade de pastagem, ao contrário dos períodos de seca (outono e inverno) em que as condições climáticas já não são favoráveis ao desenvolvimento do capim.

Dessa forma, minimizar efeitos climáticos na produção de pastos, as premissas de adubação de pastagem e estratégias de suplementação a pasto para a produção de bovinos, são ferramentas que resultam em maior produção de carne. Destacando que essas práticas devem ser realizadas de forma correta e levando em consideração a sustentabilidade de todo o sistema de produção.

Calagem e adubação de pastagem

Calagem sendo feita em pastagem.

A busca por elevadas produções de biomassa por unidade de área e valores nutritivos elevados, são os objetivos buscados nas pesquisas. 

O que não ocorre nas propriedades rurais, devido a produção forrageira oscilar ao longo do ano pelas condições climáticas e até mesmo por não atender a necessidade das exigências animal pela variação das exigências nutricionais, comprometendo o rendimento da produção. 

Nesse entendimento, é importante realizar a manutenção do equilíbrio no sistema solo-planta-animal e garantir uma boa produção das pastagens. 

De forma resumida, as culturas presentes no solo apresentam necessidades nutricionais, representadas por quantidades de macro e micronutrientes que as próprias plantas retiram do solo, ao longo de sua produção, para atender a todas as fases de desenvolvimento, e conseguir chegar ao seu ponto de colheita de forma mais rápida e econômica.

Os nutrientes apresentam importâncias iguais para a produção vegetal, porém, existe uma classificação baseada em proporcionalidade em que são mais ou menos exigidas pela cultura. Diante disso, são dois grandes grupos de nutrientes de plantas (não considerando C, H e O) conhecidos:

Macronutrientes

As quantidades desses nutrientes são exigidos e absorvidos em quantidades maiores: N, P, K, Ca, Mg e S (expresso em g kg-1 de matéria seca). Dentro dos macronutrientes, existem os primários (N, P e K), e os secundários (Ca, Mg e S).

Micronutrientes

Nutrientes que são absorvidos ou exigidos pelas plantas em menores quantidades: Fe, Mn, Zn, Cu, B, Cl e Mo (expresso em mg kg-1 de matéria seca).

Após o conhecimento dos nutrientes que as espécies forrageiras exigem para a sua produção, é preciso garantir os suprimentos de nutrientes através da adubação a partir de uma recomendação por meio da análise de solo. 

Uma recomendação de adubação de pastagem não pode ser a mesma para todas as propriedades, pois existem diferenças nos solos, exigências das cultivares e sistemas de produção. O recomendado é que se procure um profissional qualificado para poder fazer desde a coleta de solo adequada até a interpretação da análise de forma correta e promover pecuária mais assertiva e de precisão.

Antes da aplicação do fertilizante no solo é necessário verificar as condições do solo, pois com esses resultados é possível identificar as necessárias correções do solo ou condicionamento do perfil do solo, para que o capim absorva os nutrientes mais eficientemente e responda em produtividade.

A deficiência de Ca associada ou não à toxidez de alumínio, são problemas que limitam a produtividade das pastagens. A calagem tem como objetivo fazer a correção de acidez do solo, neutralizar o alumínio, depositar cálcio e magnésio e promover maior disponibilidade do fósforo e de outros nutrientes no solo, assim como da capacidade de troca de cátions efetiva e da atividade microbiana, entre outros benefícios. 

Sendo assim, de forma bem-feita, a aplicação do calcário proporciona maior desenvolvimento do sistema radicular das plantas, facilitando elevada absorção e utilização dos nutrientes e da água pelas culturas.

Graus de exigências de fertilidade do solo para espécies de gramínea e leguminosa no Cerrado, foram propostas para que seja feito a recomendação de calagem e adubação de pastagem:

Adaptação gramíneas forrageiras
Leguminosas forrageiras

Assim, estabelece-se aplicar calcário para as espécies pouco exigentes até a saturação de bases ter de 30% a 35%, para as exigentes até 40% a 45% e para as espécies muito exigentes até 50% e 60%.

Existe tabela de recomendação de adubação para pastagens?

Existem tabelas de recomendações de adubação para pastagens, elas levam em consideração o grau de disponibilidade do nutriente no solo, teor de argila e exigência de fertilidade do solo de fósforo pelos métodos de Mehlich-1 (Tabela 3 e 5), de resina (Tabela 4 e 5) e para o potássio (Tabela 6).

Análise de fósforo em espécies forrageiras.
Análise de fósforo
adubação fosfatada
Tabela recomendação de adubação potássica

Pode não oferecer suplementação para bovinos criados a pasto?

Suplementar animal a pasto tem como objetivo complementar a dieta, suprindo os nutrientes deficientes da forragem, disponível para equilibrar a dieta do animal. No entanto, a maioria das propriedades no Brasil tem fornecido uma quantidade baixa de suplementação (em torno de 0,2 a 0,5% do peso vivo do animal), não suprindo as necessidades do animal.

Os objetivos da suplementação basicamente são dois:

  • Atender demanda de nutrientes limitantes (normalmente nitrogênio não proteico) para que o animal tenha mantença. Mais praticado no período de seca, devido a forragem possuir valores baixos de proteína bruta;
  • Atender a necessidade de nutrientes energéticos e/ou protéicos para gerar ganhos de peso vivo.

Suplementos concentrados possuem composição química menos de 18% de fibra bruta, podendo este ser proteico (apresentam 20% ou mais de proteína bruta na matéria seca) ou energético (apresentam menos de 20% de proteína bruta).

Vale ressaltar que as respostas do animal com o uso de suplementação dependerá de como está a forragem, seja a termos quantitativos ou qualitativos, devido a estacionalidade da produção forrageira.

Por que na produção a pasto a suplementação mineral é tão importante?

Rebanho em pasto verde.

Não só o substrato para microrganismos do rúmen e proteína são importantes para a pecuária de corte, mas também o suprimento de minerais, vitaminas e energia para que o animal possa expressar seu máximo potencial genético para melhor desempenho animal. No entanto, os minerais são fornecidos também com objetivo de suprir quantidades que a pastagem não consegue atender, como a necessidade para produção e reprodução dos animais.

Os minerais apresentam funções importantes para o organismo dos animais, tais como: faz parte da estrutura dos tecidos corporais, participam de tecidos e fluidos corporais como eletrólitos para manutenção do equilíbrio ácido-básico, pressão osmótica e permeabilidade das membranas celulares e por fim, ativadores de enzimas ou componentes da estrutura de metalo-enzimas ou vitaminas.

Leia também:  O que é e qual a importância do manejo de pastagem?

Qual o melhor suplemento mineral para gado?

A suplementação mineral mais adequada deve ser de forma que supra os nutrientes deficientes ou que se encontra em desequilíbrio na dieta fornecida, na quantidade necessária ou época certa levando em consideração o tipo de pastagem e a categoria animal com que a dieta é elaborada.

Quando os minerais estão desequilibrados, refletem em baixa produção de carne, leite, problemas relacionados a reprodução, crescimento retardado, abortos, fraturas e menor resistência orgânica gerando perdas consideráveis na produtividade.

Animais em pastos tropicais nativos ou cultivados apresentam maior deficiência dos minerais de fósforo, sódio, zinco, cobre, cobalto, selênio e iodo. Além desses, cálcio, magnésio, potássio, manganês e ferro também são deficientes em algumas regiões. Para conhecimento, os ossos apresentam aproximadamente 99% de cálcio, 80% de fósforo, 70% de magnésio e 40% de microelementos do organismo animal.

De maneira geral, suplementos minerais devem ser de empresas idôneas que trabalham com controle de qualidade em relação às exigências do animal, misturas com ingredientes de alta qualidade, boa disponibilidade biológica, fornecer 100% das exigências para cobalto, cobre, iodo, zinco e dependendo da localidade, o manganês e não ter a inclusão de ingredientes tóxicos a saúde dos animais tais como: 

  • Flúor;
  • Chumbo;
  • Cádmio;
  • Arsênio;
  • Mercúrio.

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