Diferimento de pastagem: uma estratégia para a época da seca

3 min de leitura

A produção de forragem varia ao longo do ano devido à disponibilidade de fatores ambientais como água, luz e temperatura. No Brasil Central, especialmente no bioma cerrado, essa produção é dividida em dois períodos: o das águas, com alta pluviosidade, e o da seca, com baixa pluviosidade.

Assim, as gramíneas do gênero Brachiaria acumulam de 77 a 90% da produção total de massa seca durante o período das águas. Consequentemente, pastos com essas forrageiras suportam elevadas taxas de lotação nesse período, que são drasticamente reduzidas durante a seca.

Descubra a seguir como o diferimento de pastagem e a adubação no preparo da vedação podem ser estratégias promissoras para essa época do ano!

O que é o diferimento de pastagem e por que ele é eficaz no período de seca?

Uma estratégia amplamente utilizada na pecuária de corte para mitigar a estacionalidade das forrageiras africanas durante a estação seca e fornecer massa de forragem é o diferimento de pastagem.

O diferimento consiste em fechar a área por um período determinado para utilizar a massa de forragem produzida na época das chuvas em períodos de escassez. Embora a qualidade da forragem oferecida aos animais seja baixa, a quantidade de massa de forragem será favorável.

Qual é o papel da adubação neste cenário?

A adubação no preparo da vedação também é uma estratégia eficaz para otimizar a produção de pastagem durante a época de seca, utilizando principalmente fertilizantes nitrogenados e potássicos.

Neste sentido, a Mosaic oferece a Linha MPasto, que apresenta soluções completas para uma boa nutrição da pastagem. O MPasto Nitro ajuda o pecuarista a ser mais eficiente no uso da adubação nitrogenada, com tecnologia que evita grandes perdas de nitrogênio por volatilização e lixiviação. Além disso, suas fórmulas contêm não apenas nitrogênio, mas também potássio.

Recomendações para os pecuaristas

Uma das práticas mais recomendadas para os pecuaristas é realizar a vedação em fevereiro ou março, acumulando forragem para uso nos meses de maio, junho e julho. Além disso, essa forragem também pode ser utilizada entre julho, agosto e setembro, ou seja, após 2 a 3 meses sem pastejo pelos animais.

Assim, pastos diferidos em fevereiro apresentam maiores quantidades de massa seca total (MST), massa seca verde (MSV) e massa seca de lâmina foliar (MSLF).

Ademais, há diferenças nos componentes morfológicos do pasto conforme a época de vedação (ver gráficos 1 e 2). A maior produção dos pastos diferidos em fevereiro, em comparação com os diferidos em março, está alinhada com as produções observadas para várias gramíneas em diversas regiões do Brasil.

Gráfico 1: Produção de massa de forragem e seus componentes para a estratégia de diferimento de pastagem

Gráfico 1: Produção de Massa Seca de forragem para diferimento de pastagem

Gráfico 2: Produção de massa de forragem e seus componentes durante o período de utilização da pastagem, após o diferimento de pastagem

Gráfico 2 - Produção de forragem para utilização após o diferimento de pastagem

Legenda: MST: Massa seca total; MSV: Massa seca total verde; MSLF: Massa seca de lâmina foliar.

Portanto, para conciliar maior produção com melhor qualidade, pesquisadores recomendam a vedação e a utilização escalonada das pastagens. Isso significa realizar vários momentos de vedação e diferimento de pastagem dentro da fazenda, garantindo forragem suficiente para atender à demanda do rebanho.

Vale salientar que o desempenho animal em pastagens diferidas é baixo devido à qualidade inferior da forragem, apesar da grande quantidade de massa. Portanto, é necessário fornecer suplementos concentrados, sempre considerando o ponto de vista técnico-econômico.

Por fim, o uso de suplementos, especialmente os proteinados ou que contenham ureia, pode favorecer o ganho de peso e aumentar a taxa de lotação, mesmo com uma menor oferta de forragem.

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